Em busca de se tornar mais competitiva em alguns mercados, a Samsung deve seguir o caminho da LG e ampliar a terceirização da fabricação de seus smartphones. Segundo fontes que trabalham com a empresa, isso deve resultar na produção de até 60 milhões de aparelhos em 2020.
Assim, a empresa pretende terceirizar até um quinto da sua produção de smartphones de baixo custo. Essa estratégia será usada para oferecer dispositivos com preço ainda mais competitivo. Com isso, a sul-coreana poderá competir com Huawei (Honor) e Xiaomi (Redmi) no mercado asiático.
De acordo com a Reuters, a Samsung já está conversando com a chinesa Wingtech para firmar um acordo comercial de larga escala. Para quem não conhece, essa companhia é a responsável pela produção do recém-lançado Galaxy A10s.
Caso as negociações com a chinesa avancem, a Samsung deixará de projetar e fabricar alguns smartphones. Isso porque o modelo escolhido pela sul-coreana é conhecido como ODM, ou seja, ela compra um aparelho pronto da Wingtech e apenas adiciona o seu nome no dispositivo (famoso white-label).
Isso permite que a Samsung economize no desenvolvimento dos aparelhos de entrada, algo que consequentemente reduz o preço ao consumidor final. Outra vantagem de usar esse modelo de produção é que fabricantes ODM conseguem comprar componentes com descontos que chegam a 15%.
Assim, isso também reduz o preço na prateleira. No entanto, ao aumentar a terceirização, a Samsung também pode perder o controle de qualidade dos seus aparelhos. Por isso, fontes informam que a empresa trabalha com cuidado na elaboração do contrato com a Wingtech.
Por enquanto, as empresas ainda não se manifestam sobre o assunto. Mesmo assim, a terceirização da produção já é amplamente usada por outras fabricantes chinesas, como Huawei, Xiaomi, Oppo e até mesmo a subsidiária Realme.
