LéoMarinho
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Abordarei um assunto muito importante para a segurança digital, a política de privacidade. Assunto bastante repercutido nesses últimos meses pelas mídias sociais e pelos principais veículos de comunicações. Isso não vem de agora, em alguns anos já vemos polêmicas envolvendo grandes empresas em relação a isso, como aquela que tivemos em 2018, envolvendo o Facebook e a agência Cambridge Analytica, que coletava os dados dos usuários na rede social através de um aplicativo. Em janeiro desse ano (2021), tivemos outra, que deixou muita gente preocupada. O Facebook anunciou que no dia 8 de fevereiro de 2021 adotaria uma nova política para o uso do WhatsApp que compartilharia os dados dos seus usuários com a rede social, obrigando os usuários aceitarem o contrato caso quisessem permanecer com o app. Assunto que gerou muita desconfiança e resistência tanto dos usuários como dos governantes de alguns países, com isso conduzindo o próprio Mark Zuckerberg a estender o prazo por mais 3 meses.


Tudo que fazemos nos computadores e smartphones, desde ouvir uma música a ver um vídeo, jogar um jogo e usar um aplicativo simples de edição de texto, são amparados por leis, cláusulas onde o usuário precisa concordar para usá-los, justamente por serem de propriedade privada conhecidos como “Apps proprietários”. Até os gratuitos são abrangidos por essas leis. Exemplo disso é quando baixamos um programa e ao clicar para instalá-lo aparece aquela tela de boas-vindas com os termos do contrato. Já no smartphone não é muito diferente, ao instalar um app além do contrato ainda tem aquela aba pedindo as permissões de acesso ao seu telefone, onde muitas vezes é a porta de entrada para espionagem.


Nós brasileiros temos a mania de não ler as permissões e acaba clicando em aceitar, dando todas as permissões para aquele aplicativo ou software, a terem acesso aos dados que não damos a suma importância. Muitos países assim como os do continente europeu têm se preocupado com isso, tanta preocupação que criaram leis rigorosas sobre privacidade e o uso de dados na internet onde as empresas são obrigadas a informar tudo aquilo que coleta de seus usuários e dando-lhes o direito de escolha. A própria Apple já faz isso, desde o IOS 12, ela vem adotando políticas mais rigorosas que vem gerando um grande conflito com o Facebook, onde ele chegou a cogitar a ideia de cobrar pelos seus aplicativos na plataforma da maçã. Toda essa briga pelos seus dados, viu como seus dados são preciosos? 

A política de privacidade sempre existiu, mas com o avanço da internet e das suas facilidades, as pessoas passaram ficar mais tempo online, gerando muito mais interesses entre as empresas e os golpistas. Por isso houve a necessidade da regulamentação de leis nessa área para frear certas condutas que até então não eram consideradas crimes.

O que é a política de privacidade? É um conjunto de termos que descreve as práticas adotadas pelo site ou aplicativo em relação às informações dos usuários. Sua função é esclarecer ao visitante de um site ou usuário de aplicativo e software de como os dados serão utilizados e qual finalidade. Se eles serão repassados a terceiros ou não? Quais seriam esses terceiros? Esses dados podem ser enviados diretamente pelo usuário ou podem ser captados pelos chamados “cookies” (informações de navegação). Também é possível recolhê-los por meio das páginas visitadas e da localização do usuário. Da mesma forma, pelo seu comportamento no site ou no app. Resumindo, tudo que você faz no seu smartphone ou computador pode ser compartilhado entres as empresas e provedores de sites.

Um grande exemplo disso é quando você vai ao Google fazer uma pesquisa de um produto que quer comprar ou até mesmo assistir um vídeo sobre um certo assunto. Ao sair de lá e abrir o Facebook, o Instagram e até mesmo o YouTube, você verá enxurradas de propagandas sobre aquilo que você pesquisou anteriormente no mecanismo de busca. Esses algoritmos que rastreiam o que você faz para assim poder te oferecer coisas do seu interesse que geram fortunas para as gigantes, atraem empresa de grande e pequeno porte para divulgar seus serviços ou produtos com essas plataformas. Tudo isso com as informações dos seus dados, onde você doa e eles faturam com isso. Simples assim.

Saiba que o próprio aplicativo do Facebook tem acesso a todos os apps instalados no seu aparelho, essa opção já vem ativada por padrão assim que você o instala em seu aparelho.

Para você pode não ter muita importância, mas para as empresas seus dados valem fortunas, o próprio Facebook se enriquece devido aos seus dados, assim como a gigante Google e entre outras empresas. Pense nisso! Leia os termos sobre política de privacidade de cada app antes de instalá-lo, dê permissões somente para aquilo que você precise. Se perceber que o app ou programa está sendo muito invasivo nas coletas, não aceite os termos e o exclua. Dê valor aos seus dados como as empresas dão. Hoje temos leis que nos amparam exigido mais esclarecimentos para os usuários sobre essas coletas. Aqui mesmo no Brasil temos a Lei N° 13.709 LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) aprovada em 14 agosto de 2018 que deu início em maio de 2019.

 

O que diz essa lei? “Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público, ou privado, para proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural”. Se quiser saber mais sobre essa lei, acesse nosso blogue https://www.blodigi.com.br e vá ao artigo “proteja seus dados, eles são valiosos e lá estará o link para baixar.


Tirar um tempo para conhecer seus direitos e parar para ler o que o App coleta de seu aparelho antes de autorizá-lo preservará mais seus dados e te trará mais segurança.


Priorize a sua privacidade, proteja seus dados e não os compartilhe sem antes saber para qual finalidade que serão usados.

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